segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Apenas o fim







“ - (...) eu nunca vou te esquecer. Eu te amo, e...
- Mas eu acho o amor tão triste, sabe? Sei lá, é como pedir pizza: Você pede a pizza, fica ansioso pra pizza chegar... a pizza chega! Você come, se empanturra, e vai ver televisão no sofá!
- É só isso o que você tem a dizer? Sabe que você nunca vai encontrar ninguém com tanta paciência pras suas maluquices e pro seu desânimo, né? Nem uma pizza... tão... saborosa quanto eu. Você sabe disso, né? (...) Sabe o que tava pensando? Que essa história de amor tem muito mais a ver com o Mc Donalds do que com pizza! Pode rir! É que... Sei lá! Por mais que todo mundo fale muito mal de Mc Donalds, que mata né? Que faz muito mal, muita gordura trans, etc e tal, eu não consigo parar de comer lá, sabe? Eu tenho... eu tenho uma compulsão, assim, que é muito esquisita mas ao mesmo tempo eu me sinto bem, me sinto melhor porque eu peço... sei lá, pra... pra mudar alguma coisa no sanduíche, pra... sei lá, tirar o picles, sabe? E eu me sinto como se tivesse personalizando aquilo que é padronizado, sabe? E eu acho que com o amor é mais ou menos assim também, no sentido de que pode ser uma coisa banalizada, pode ser padronizado, pode ser igual pra todo mundo ou pode ser único, personalizado, só seu, sabe? E eu acho que o nosso amor foi assim. Foi... foi meio que só nosso, sabe? Só foi tipo o numero um, só que... sem picles!”

- Trecho e imagem de "Apenas o fim"

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